terça-feira, 23 de agosto de 2016

Hierarquias das Necessidades de Abraham Maslow

Uma das teorias mais conhecidas sobre motivação é a hierarquia das necessidades de Abraham Maslow. Segundo Soto, necessidade é uma sensação subjetiva de carência em algum aspecto da vida, a qual gera uma tensão desagradável. O indivíduo esforça-se para amenizar essa tensão, em geral tomando uma atitude que lhe permita saciar a sua necessidade. Para Maslow, o homem é, constantemente, motivado por diversas necessidades. Ele as classificou em uma hierarquia com cinco níveis: fisiológico, segurança, social, estima e autorrealização.
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                                     Figura 1 –  Hierarquia das necessidades de Maslow
O ponto central dessa teoria é a hierarquia dessas necessidades. A teoria afirma que as necessidades devem ser satisfeitas por etapas, ou seja, seria necessário suprir as necessidades fisiológicas (as mais básicas) antes que deva existir um trabalho de atendimento das necessidades de estima.
A necessidade fisiológica, ocupante do nível mais baixo da pirâmide, contém fatores essenciais para a existência humana. Água, comida e abrigo são algumas das necessidades que precisam ser supridas para assegurar a condição mínima de integridade física do ser. Essas peculiaridades devem ser satisfeitas antes de qualquer outra. De acordo com Soto “a motivação primordial de uma pessoa faminta é conseguir alimentos, não obter reconhecimento pelas suas conquistas, por dizer algo”.
O segundo estágio da pirâmide é composto por exigências de segurança. Entre as características estão: segurança e proteção contra danos emocionais e físicos. Sem um trabalho limpo e seguro, os trabalhadores não se sentirão motivados a irem ou permanecerem naquele local.  A ausência de segurança no ambiente de trabalho inibe a inovação e o assumir riscos, suscitando a cautela.
As necessidades sociais contemplam o terceiro nível da hierarquia. Esse é o anseio de pertencer a um grupo e de fazer amizade. Quando uma organização deixa de satisfazer a necessidade de associação, o descontentamento dos empregados pode se evidenciar por meio da falta de assiduidade, baixa produtividade, ação de condutas relacionadas a tenção e, inclusive, a depressão”.
O quarto nível contém as necessidades de estima, que é reconhecimento dos outros e a percepção do próprio sucesso. É a busca por prestígio que, segundo o dicionário Aurélio, “é a superioridade pessoal baseada no bom êxito individual em qualquer setor da atividade, e que é admitida pela maioria de um dado meio social”. Os líderes, ao perceberem que esse tipo de necessidade motiva os empregados, podem promover bonificações, exprimir elogios e outras formas de dar crédito aos trabalhadores mais produtivos e empenhados. Caso contrário, a insatisfação pelo não reconhecimento do empenho acima da média, pode gerar insatisfação e, consequentemente, desmotivar os melhores funcionários.
A quinta e última fase da pirâmide é autorrealização. É o desejo de crescimento pessoal e a realização da máxima potencialidade subjetiva. As características desse tipo de indivíduo são a espontaneidade, a iniciativa e a capacidade de solucionar problemas. É uma pessoa que, geralmente, aceita a si mesma e aos outros. Segundo Soto
Os administradores que percebem esse nível de motivação nos empregados podem ajudá-los a descobrir as oportunidades de crescimento inerente a suas tarefas. Por exemplo, os administradores podem criar um ambiente motivador incluindo os empregados nos processos de tomada de decisão, reestruturando suas funções ou oferecendo-lhes responsabilidades especiais que demandem deles certas habilidades especiais.
Ainda que nenhuma necessidade tenha possibilidade de ser completamente preenchida, uma substancialmente satisfeita não motiva mais. Logo, na medida em que cada uma delas é atendida, a próxima torna-se dominante.
As necessidades dos dois primeiros níveis, as fisiológicas e de segurança, compõem as necessidades de nível inferior; e as posteriores, social, de estima e autor-realização, são consideradas de nível superior. A grande diferença entre as duas é que a primeira é satisfeita de maneira externa (através do salário, permanência no emprego e etc.), enquanto a segunda é saciada internamente.
De acordo com Soto (2005) a teoria de Maslow é fundamentada em quatro pressupostos:
a) Uma necessidade satisfeita não representa mais um fator motivacional. Os indivíduos tendem a procurar atender as necessidades maiores;
b) Várias necessidades influenciam o comportamento do indivíduo ao mesmo tempo;
c) As necessidades do nível inferior devem ser satisfeitas antes das do nível superior;
d) Os meios para satisfazer o nível superior são mais abundantes que os do nível inferior.
A teoria de Maslow é amplamente aceita, um dos motivos é que a lógica apresentada é de fácil compreensão. Muito embora não tenha sido comprovada empiricamente.

De olho nos concursos
(CESPE/2014/TJ-CE/Anal. Judiciário/Administração) De acordo com a hierarquia de necessidades proposta por Maslow, uma pessoa que trabalha com empenho para conseguir de seu chefe imediato reconhecimento e autonomia é motivada por necessidades
a) fisiológicas.
b) de realização.
c) de segurança.
d) sociais.
e) de autoestima.
Resposta: Para Chiavenato, As necessidades de estima estão relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se enxerga e avalia. Sendo parte disto: a auto apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito, de status, de prestígio e de consideração. A satisfação das necessidades de estima conduz a sentimentos de autoconfiança, de valor, força, prestígio, poder, capacidade e utilidade. A sua frustração pode produzir sentimentos de inferioridade, fraqueza, dependência e desamparo que, por sua vez, podem levar ao desânimo ou a atividades compensatórias. Resposta é a letra E.

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