Nada de marcação. Os pais tendem a liberar sua ansiedade por meio de censura ou cobrança. De nada adianta ficar martelando que o rapaz ou a moça deveria estudar mais. O interesse pelos estudos é uma coisa complexa que se desenvolve a partir de muitos fatores, entre os quais o próprio exemplo dos pais, o ambiente na escola, as pressões exercidas pelo grupo social, o temperamento e a ambição de cada um. É um equívoco imaginar que alguém possa transformar se em um aluno esforçado só porque papai e mamãe, tomados por súbita ansiedade, começam a agir como sargento. Evite perguntar a todo momento se o jovem está comendo bem, se está dormindo o bastante. Pode parecer demonstração de afeto, mas só enerva.
Não se meta a professor. Não há nada mais irritante para um candidato do que ficar sendo submetido a testes fora de hora. Os pais devem evitar fazer a checagem diária do conhecimento dos filhos. Também é contraproducente tentar ensinar na última hora aquilo que o filho não conseguiu ou não quis aprender em meses de preparação para o vestibular. É mais útil tornar o ambiente doméstico um lugar acolhedor. O momento é de proteção.
Mude de assunto. Se todos na família estão envolvidos com os exames, é natural que esse seja o assunto dominante em casa. Nem poderia ser diferente. Mas tenha a sensibilidade de falar sobre outros assuntos de interesse de seu filho ou filha.
Leveo para passear. Uma boa idéia é surpreender o filho candidato com um convite para jantar fora ou ir ao cinema. É uma forma de mostrar que ele tem aliados dentro de casa.
Não se faça de vítima. Muitos pais não resistem e dão um jeito de lembrar que se sacrificaram financeiramente para dar boa escola ao filho e, agora, esperam a retribuição de seu esforço com a vitória no vestibular. Alguns adolescentes entram em pânico. Os pais colocam os filhos na escola porque sabem que esse é o seu dever. Culturalmente, não está estabelecido que os jovens devem pagar o investimento em algum momento de sua vida. A exigência nesse sentido é um fardo a mais para o jovem.
Não chantageie seu filho. O velho discurso do "se você entrar na faculdade ganha um carro ou uma viagem para o exterior" é dos mais catastróficos. O que deveria servir de incentivo se transforma em fonte inesgotável de nervosismo.
Respeite os limites de seu filho. Quando o candidato é reprovado, isso já é punição suficiente. Não aumente o martírio do seu filho com bobagens do tipo "Eu não falei?" Nenhuma reação negativa de sua parte mudará o passado, mas pode ser determinante para o futuro. Tente analisar com ele o que houve de errado.
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